Muita cultura germânica com os Richter de Forquetinha

Preservar a história dos antepassados e o legado cultural deixado por eles nos primeiros anos da imigração no Vale do Taquari é algo cultuado por muitos na região. E um exemplo emblemático não só desta dedicação a história, mas de construção das estruturas para divulgar esta trajetória, está na propriedade da família Richter em Forquetinha. Lá está um ambiente rico em espaços que enaltecem o que esta gente que atravessou o oceano fez pela região e pelo sul…

A conversa animada desta vez foi com o empreendedor Waldemar Richter, entusiasta da cultura germânica, com uma carreira que incluiu a ocupação de cargos públicos na região. Vereador por muitos anos, quando esteve à frente da Secretaria de Cultura de Lajeado, foi um dos incentivadores e idealizadores da construção do Parque Histórico Municipal, que já mostramos por aqui. Na sua casa, como pano de fundo para a nossa conversa, estavam maquetes das casas enxaimel, que compõe aquela estrutura que tanto o orgulha. Cosntruções que estavam caindo no interior foram transferidas para este parque inspirado em semelhantes existentes na Alemanha atual…

Um dos idealizadores também da emancipação, da pequena e bela, Forquetinha foi se primeiro prefeito no começo deste século, tendo repetido o mandato por mais duas vezes. E nestes primeiros anos da nova cidade foram erguidos os prédios com arquitetura que remete à terra dos antepassados, como mostramos em conteúdo recente.

E as atividades não pararam depois de encerrada sua dedicação à vida pública. Ao redor do terreno onde tem sua casa, construiu prédios que servem de Biblioteca, Igreja e Museu, todos abertos a visitação. Vários volumes de livros que falam da imigração germânica e de outros países estão enfileirados em prateleiras na sala principal de uma construção, que lembra um famoso castelo alemão.

Mas é no museu que se consegue conhecer um pouco mais dos desafios enfrentados por estes pioneiros. Objetos das incipientes indústrias e réplica de armários dos antigos armazéns estão lá para apreciação dos visitantes ávidos por mergulharem em outros tempos… Também está devidamente valorizado o estudo com a presença de lousas, algumas delas que foram utilizadas por alguns anos pelo próprio Waldemar, que fez questão de mostrar como se escreviam nelas…

Nosso empreendedor também não se esqueceu de nos contar seu trabalho atual de escrever livros que descrevem a história de dezenas de famílias da região. Uma coleção que ele pretende lançar em 2024, para celebrar os 200 anos da chegada dos primeiros colonos aqui no sul… Lugares e propostas como esta enriquecem a experiência de visitantes e turistas, que podem não somente apreciar interessantes estruturas, mas também aprender um pouco mais da marcante história da imigração germânica na região…

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