
Caminhar pelo Centro Histórico de Porto Alegre já é um programa interessante para quem aprecia antigos prédios centenários, alguns deles bem preservados. Mas foi em um sábado de agosto em um passeio guiado, que pudemos ver placas nas esquinas com os nomes antigos e populares de algumas ruas da capital gaúcha. No projeto Ruas Que Não Andei, estas placas procuram mostrar que a cidade tem uma história longa, com outros hábitos e culturas vivenciadas por aqueles que já nos deixaram…
E um numeroso grupo de pessoas interessadas no assunto, iniciou o deslocamento a partir da Praça do Portão, antigo nome da Praça Conde de Porto Alegre, com a companhia do belo prédio da Confeitaria Rocco. Com um guiamento feito por pessoas capacitadas, fomos adiante pela Rua Duque de Caxias, antigamente chamada Rua do Hospital, devido ao antigo hospital militar, mas que em outro trecho passava a se chamar Rua da Igreja, pois chegava junto à antiga igreja principal da cidade…



Após passarmos pela ainda hoje popularmente chamada de Praça da Matriz, mas que na realidade se chama Marechal Deodoro, seguimos até a inusitada Rua dos Pecados Mortaes, assim mesmo com a grafia da época… Isto pelo fato de ali se reunirem algumas casa noturnas em tempos mais antigos…


E mais ruas com placas no tom amarronzado foram se descortinando na nossa jornada, incluindo Rua de Trás das Dores, Rua do Cotovelo, Rua da Ladeira entre outras… Sempre com histórias sobre os nomes antigos, que por vezes se desdobram em mais de um ao longo dos anos…

A Praça da Alfândega que também possui este nome popular diferente do oficial foi mais um ponto de parada para se destrinchar outras denominações e histórias do lugar. Como o fato de que o rio (ou lago) Guaíba, chegava ali perto o que levou à criação do Becco dos Marinheiros, por óbvios motivos… E foi por esta rua hoje chamada de Sete de Setembro que chegamos à região de unidades militares, onde o antigo prédio do Quartel General estava com seu restauro tinindo de novo, assim como outras antigas edificações do entorno.

E a subida da Rua Direita (por estar à direita de quem olha a igreja das Dores de frente) foi nosso último percurso para finalizar junto ao antigo sobrado que pertenceu ao então Barão (futuro conde) de Porto Alegre, e que hoje é sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil. E neste mesmo dia sua fachada revitalizada estava sendo entregue em mais um momento especial da celebração da Semana Gaúcha do Patrimônio Histórico…



Resgatar estes antigos nomes e as histórias desta região de Porto Alegre é trazer de volta histórias e lendas de outros tempos, mas também entender a evolução da cidade. Além de valorizar um hábito dos gaúchos da capital de, em alguns casos, insistir nos antigos nomes… Afinal de contas, poucos conhecem e usam o nome Andradas, mas todos identificam eternamente aquela via central com um calçadão, como Rua da Praia. Uma homenagem aos tempos em que as águas do Guaíba chegavam mais perto do movimento das gentes, que construíam, no ir e vir, as histórias das ruas que não andamos…
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