Castigo

Naquela esquina de Capão da Canoa tem um pão excelente. Há muitos anos. E a fila só aumenta. Como aumenta o número de prédios que tiraram o lugar das casas de veraneio. E naquela esquina tem uma frase embaixo do nome da principal avenida. “Deus perdoa, a natureza não”. E na placa da outra rua, “Mantenha sua cidade limpa” O criador compreende e a criatura não? Para os que frequentam a igreja foi Ele que criou tudo. Não foi? Quer dizer que, se o planeta castigar, pode-se ter o perdão do homem lá de cima? As oferendas a santa cuja imagem não fica longe dali, não ajudam a manter cidade limpa. Mas a devoção certamente tem a simpatia divina. O sol que arde em todo o sul neste fevereiro maluco, pode ser um castigo da Terra pela fumaça que segue a sair dos carros. Mas o velho perdoa as nossas ofensas e deixa que o astro rei ilumine as raras águas límpidas do mar desse mês. Em um belo presente, talvez sugerido pela santa, aos de férias na praia. Na capital dos gaúchos porém, o forno segue a castigar os que não se entendem na relação capital/trabalho, deixando uma turma esperando nas paradas. Por fim, o picolé derreteu de vez com esse sol e o Nico nos deixou… Mais tristes. Coisas da vida. O culpado disso tudo? Precisa ter um?

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