Foi na sombra do cipreste em frente a residência de Gomes Jardim, que os farrapos traçaram seus planos para invadir Porto Alegre e iniciar a luta por liberdade, igualdade e humanidade. Mas a história da casa começa muito antes da primavera gaúcha de 1835, e antes dela fazer parte da zona urbana de Guaíba, as margens do lago de mesmo nome e em frente a capital do Rio Grande do Sul. Em tempos em que as fronteiras do pampa ainda não estavam claras, espanhóis e portugueses mediam forças por estas terras. E provavelmente foram soldados castelhanos que plantaram a famosa árvore, para marcar o local onde deve ter morrido um importante comandante… Pois era assim em terras europeias. E a casa veio depois como sede de uma fazenda pertencente à Antônio Ferreira Leitão que a deixou em herança à sua filha, esposa de José Gomes Vasconcelos Jardim. Coube então à este praticante da medicina, se juntar com outros rebeldes sob o comando de Bento Gonçalves para iniciar a guerra que duraria uma década. Além de ser o berço da revolta que queria mais autonomia a então província do império brasileiro, foi também o local da morte deste líder. A cama onde dois anos depois do término das batalhas, Bento deu o último suspiro sob os cuidados do amigo, ainda segue lá como testemunho desta história. Os atuais proprietários fizeram dela um museu onde se pode ouvir com uma tocante dedicação, sua esta história bicentenária. O seu entorno oferece também uma praça, a igreja, e a vitrine cultural com exposições temáticas. E uma bela vista do Lago Guaíba e de Porto Alegre lá do outro lado. Locais que ainda mostraremos mais…