
Que era uma antiga estação de trem no interior de Montenegro. Voltamos lá depois de ter feito algumas imagens que tiveram muita repercussão há um tempo atrás. O lugar há muito não recebe mais os trens que por ali passavam e por vezes paravam para manutenção nas oficinas existentes em anexo. Fazendo da comunidade que hoje recebe o nome de Santos Reis, um local muito mais perto do que o nome inicial possa ter sugerido. As composições traziam gentes, mercadorias, notícias, esperanças… Singravam uma linha que ligava a cidade a beira do Rio Caí colonizada por portugueses e alemães, com a serra gaúcha onde os italianos prosperaram. Muito por conta deste moderno transporte da alvorada do século XX. O saudosismo de quem ainda presenciou esta era, e nesta região se criou, escancara a importância e o carinho das gentes para com o apito do trem. E todo o seu significado. As despedidas. Os reencontros. As histórias. Que ficaram no tempo engolidas pela modernidade das estradas e seus carros e caminhões. E pelas comunicações de distintos tipos, e suas facilidades e imediatismos. A estação, as oficinas e até mesmo uma olaria ali instalada por estratégicos motivos, não resistiram e foram deixadas ao quase abandono. Exceção feita a estação em si, que hoje serve de moradia… A pintura do letreiro com esta palavra emblemática acrescida do nome de alguém, que talvez seja seu morador, pode atestar que ao menos por enquanto este prédio permanecerá de pé…




