
Na Serra Gaúcha esta cidade colonizada por imigrantes italianos, que leva o nome de um personagem da Revolução Farroupilha, é considerada a terra do espumante (ou seria do champanhe?) e ainda recebe uma antiga Maria Fumaça… E durante décadas circularam por seus trilhos em meio a gentes e variados produtos, os vinhos produzidos segundo o método que veio da Região Francesa de Champagne. Mas é impossível falar deste método por aqui, sem citar a família Peterlongo que desde 1913 passou a produzir esta bebida diferenciada e que ganhou fama nacional. O imigrante italiano de Trento, Manuel Peterlongo viu seu empreendimento crescer e deixar belas instalações que formam um relevante patrimônio histórico. Além disso, vinícola continuada por seus descendentes até o começo deste século, quando o empreendimento passou para outras mãos, é hoje a única no Brasil que ainda pode usar o nome desta região europeia. Isto por que foi provado que já havia produção antes da promulgação de uma lei de 1927, que passou a proibir o uso do nome se não fosse oriundo do lugar onde fica a pequena comunidade de Hautviller. Pois foi lá que Don Pierre Perignon, um abade que viveu entre os séculos XVII e XVIII teria criado esta técnica que leva o nome da região nas proximidades da Bélgica… Apesar de que há versões que dizem que ele copiou de outros religiosos… A fama da espumante originária de Garibaldi fez crescer este tipo de atividade que é até hoje venerada em rotas turísticas e festas que atraem muitos visitantes. Várias vinícolas produziram e ainda produzem bebidas de boa qualidade, mas algumas delas se reinventaram dando espaço para outros tipos de atividades, como ocorre em um Boulevard inaugurado em 2020. Ali, pinturas grafitadas nas paredes reproduzem fotografias antigas de cenas da comunidade, incluindo o cultivo de vinho e a presença do trem. E este tão importante veículo, durante alguns anos deixou de circular voltando nos anos 1990 sob a forma de um trem turístico que serpenteia pela serra, ligando cidades vizinhas. Nele é possível voltar no tempo ao balanço dos vagões, parando é claro na centenária estação da cidade. No prédio inaugurado em 1918 são servidos os bons espumantes e vinhos da terra, ao som de músicas folclóricas, em um passeio imperdível. Mas é no novo empreendimento comercial da cidade que além das pinturas ampliadas das fotos antigas, está um monumento que enaltece a figura do brinde com esta bebida que se presta a estes momentos. Três taças metálicas formam o Tríade 2020, que enaltece a luta pela liberdade, ao fato que sem Justiça não há igualdade e que a Fraternidade dá luz a União, que deve ser sempre brindada. A placa que fala destas ideias também faz referência ainda a Giuseppe Garibaldi e sua eterna Anita. E a catarinense de Laguna que se juntou ao italiano na revolução que é marcante para os gaúchos, teve os 200 anos de seu nascimento comemorados em 30 de agosto deste ano… O interessante é que as palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade são lemas da Revolução Francesa que certamente inspiraram outros movimentos como é o caso da tentativa de formação da República Riograndense. Afinal, até hoje na bandeira do Rio Grande do Sul estão estampados além da data de 20 de setembro de 1835, as palavras Liberdade, Igualdade e Humanidade, esta última parecendo substituir e ampliar o sentimento de irmandade fraternal, à todos os habitantes do planeta… Algo que que parece cair bem aos tempos que estamos vivendo…
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