Eles, os tropeiros, que rasgavam trilhas antigas levando e trazendo produtos essenciais, pois era o que se tinha no comércio da época, passavam por Santo Antônio da Patrulha pagando pedágio. Exatamente como fazem os veranistas de hoje, na moderna auto-estrada que liga a capital gaúcha ao litoral norte. Era ali o lugar que após acertar as contas com o fisco, iniciavam a subida da serra em direção ao planalto, para chegar a São Paulo e ao centro do país. E alguns deles e outros fugidos da invasão espanhola em Rio Grande, também ali se estabeleceram fazendo prosperar o núcleo urbano, mas sem o transformar em cidade muito grande. A ponto de deixar um interessante legado bem característico desta corrente migratória. Suas casas de janelas simples e portas na calçada estreita têm sido em sua maioria, mantidas por seus moradores, ou mesmo por quem as usa para fins profissionais e comerciais. O ambiente formado remete ao passado dos viajantes, que talvez tenham se encantado com belas moças por trás de vidros e cortinas, a rezarem para o santo casamenteiro padroeiro da cidade. E que chega a estampar sua imagem, em quadros de azulejos em algumas alvas paredes externas…

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