
A casa na realidade é uma réplica construída nos anos 1970, pois a original que foi moradia até a metade do século XX se deteriorou ao longo dos tempos. Incluindo, dizem, descuidadas derrubadas de paredes atrás de supostos tesouros dos farrapos… O certo é que foi erguida pelo pai do líder farroupilha Bento Gonçalves, no século XVIII. E este prédio atual abriga um museu que conta um pouco da saga desta revolução que durante dez anos assolou os campos gaúchos. Além de outras histórias relacionadas a esta época, como os hábitos e mazelas da escravatura. Ali bem perto deste lugar hoje no município de Cristal, se localizava durante este período de guerra entre gaúchos e imperiais, o estaleiro onde um italiano de nome Giuseppe Garibaldi comandou a construção de uma iniciante frota naval. Seu uso se destinava principalmente aos combates na Lagoa dos Patos, que recebe as águas do Rio Camaquã, onde ficou esta fábrica de barcos e sonhos. E de ideias audaciosas. Como a de colocar grandes rodas de madeira sobre as embarcações, para que essa pudessem cruzar os campos e chegar a outros rios que desaguassem no mar, desviando-se de bloqueios inimigos… Foi assim com o Seival, cuja história ainda contaremos com mais detalhes. Dizem que junto a quilha deste barco, quando já se encontrava danificado e encalhado em Laguna, cidade da nossa vizinha Santa Catarina onde os farrapos sofreram importante derrota, teria nascido uma figueira. E esta teria sido transplantada para próximo a esta casa, para ficar conhecida como a figueira de Anita. Uma homenagem a moça daquela cidade onde se proclamou a República Juliana, com quem o italiano viveu heroicas jornadas… Que passou pelos campos gaúchos, uruguaios e até mesmo italianos, até a morte dessa corajosa mulher.


Eu conto estas histórias debaixo da figueira e ao lado da casa, neste vídeo de Destinos de Camaquã a partir de 5:10
Que interessante estas histórias. Já li e conheço a história de Garibaldi e Anita, mas sempre é bom saber mais detalhes, como está casa e a figueira. Não sabia!
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Realmente é uma história interessante. Talvez hajam mais espalhadas por aí… Tentaremos desvendá-las! Sempre há o que acrescentar!
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A figueira de Anita foi plantada em Laguna na praça em frente a Igreja onde ela casou. Tem placa explicativa na praça, inclusive.
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Pois ao pesquisar na internet verificamos isto também!!! Mas no museu contam que seria esta que está lá, mas pode ser que tenha sido uma muda que nasceu junto a original. Algo para ainda ser esclarecido. Obrigado por tua contribuição!
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