
É no coração de uma metrópole, que uma cidade de casas rústicas se forma todos os anos em setembro, menos neste 2020 de pandemia… Na capital de todos os gaúchos, e em muitas outras cidades do estado, se celebram e cultuam um conjunto de hábitos que identificam uma trajetória. A trajetória de um povo que habitou e habita esta nossa bela região. E além de se reunirem para apreciar o típico churrasco, o chimarrão e a vestimenta tradicional, homenageiam um país que existiu por nove anos do século XIX. E ele foi construído no sul de um Brasil imperial depois de batalhas e lutas por um tratamento melhor do governo central, levando a esta efêmera, mas marcante autonomia. A bandeira que enfeita estes locais de alegres encontros, do hoje estado da República Federativa do Brasil com suas três cores e três lemas leva ainda, mesmo depois de mais de século e meio de seu fim, o nome da República Riograndense sonhada por aqueles revolucionários. Que a proclamaram em 1836, cinco décadas antes de surgir a versão brasileira em1889… O vermelho republicano que rasga o verde e amarelo, representava o sonho de uma nação sem reis ou imperadores, que fosse de toda a sua gente. Ou “Res Publica”. Do público… E que tivesse a guiá-lo os lemas “Liberdade, Igualdade e Humanidade”.