Mais da história de Santo Amaro do Sul no museu, no antigo hotel e na estação.

A belíssima Santo Amaro do Sul e sua história de mais de dois séculos e meio, possui um belo casario antigo, incluindo a imponente igreja e a Casa onde nasceu Gomes Jardim, ambos já mostrados por aqui. Mas é claro que tem mais, neste distrito de General Câmara que tem investindo recentemente em estruturas turísticas e na preservação deste patrimônio. Novas placas de sinalização foram colocadas para identificar as casas, e há belos exemplos de restauro como o do hotel datado de 1882, que abrigava os viajantes em seus longos deslocamentos pelos campos sem fim… Este prédio ainda está em fase de definição do seu uso, mas outros ainda são utilizados para moradia, e um deles para o Centro de Atenção ao Turista, que inclui um Museu. Nele, objetos antigos usados por indígenas da tribo Caaguá, por imigrantes açorianos e outros habitantes da região, ajudam a contar uma longa trajetória. E até mesmo a ficção tem vez, ao se reproduzir em um outro prédio, a “Venda do Nicolau” imaginada por Érico Veríssimo em o Tempo e o Vento. O lugar inclusive serviu no passado de locação para uma produção cinematográfica inspirada na obra deste grande escritor gaúcho. Também nesta localidade bem perto de uma praia do Rio Jacuí, fica a antiga estação ferroviária que tem cravado nas suas paredes o nome Amarópolis. Denominação esta utilizada durante algumas décadas do século XX. O prédio, que não recebe mais as locomotivas e vagões, foi recuperado há alguns anos, mas atualmente está sem uso. E há mais lugares e histórias, como a de um dos antigos proprietários da Casa Primitiva, a primeira do lugar. Dizem que ele, ao perder toda a sua boiada, teria utilizado mão-de-obra escrava para puxar as carroças com a produção agrícola… Um lugar que ainda tem muito mais a contar, mostrar e nos encantar com suas surpresas, que acreditamos que serão cada vez mais desvendadas e valorizadas…