
Fica no coração da Rota Romântica mais esta preciosidade da Serra Gaúcha. Picada Café convida a um passeio sem pressa por suas belas paisagens e seu rico patrimônio. No núcleo urbano principal, a elegante igreja do Perpétuo Socorro e o Parque Jorge Kuhn se destacam em meio a cenários exuberantes. Principalmente quando as folhas dos plátanos amarelam no outono… No parque, às margens da BR 116 é possível apreciar belas construções como o Moinho e o antigo Açougue Progresso transformado em museu, mas ainda fechado em maio de 2021… Ali bem perto depois de uma subida curta, se chega ao Morro do Vento, onde se pode apreciar uma incrível paisagem de parte do Vale do Cadeia e da comunidade da Joaneta. O nome deste distrito faz homenagem a Joaneta Botlander que era casada com João Moraes, neto de um imigrante português chamado Apolinário Moraes. Ele era originário do Aváro, e foi o pioneiro em terras brasileiras, da família lusa que se espalhou em uma colônia majoritariamente formada por imigrantes germânicos. E foram alguns deles que ergueram a imponente igreja Santa Joana Francisca de Chantal, uma religiosa francesa canonizada no século XVIII, muito provavelmente pela devoção que Joaneta lhe tinha… A colonização desta região começa depois do fim da Revolução Farroupilha em 1845, e se expande serra acima, deixado um interessante patrimônio. Como é o caso de outra comunidade centralizada por uma singela capela de cor rosada, de nome Jammerthal, que em alemão significa Vale das Lamentações. Dizem que foi por casa das queixas da mulher do responsável por lançar os lotes da colônia, que não aguentava mais as agruras da serra com sua mata fechada e sua humidade. Teria dito ela: “Ist das ein Jammer” ou seja, “Isto é um lamento!” ou Isto é lamentável em uma tradução mais adequada… Mas os difíceis momento pioneiros passaram. E com a prosperidade chegando por picadas que se transformaram em caminhos e estradas, os lamentos deram lugar a admiração das belezas desta região. Que sempre tem surpresas para nos presentear…









