
São 48 casas, a maioria de madeira com os tradicionais lambrequins a enfeitar suas beiradas, que se espalham em poucas quadras da serrana Antônio Prado. Bem preservadas, cada uma delas tem histórias, e mais histórias de vida e trabalho. Muito trabalho. Afinal, serviam muitas vezes não somente de moradia, mas também para o comércio e prestação de serviços, desde os primeiros anos da cidade fundada por imigrantes italianos. E esta trajetória ganhou corpo e força principalmente no final de século XIX e começo do XX, se estendendo de certa forma até hoje, pois ainda são ocupadas por empreendimentos comerciais. E é claro que todo este passado se valoriza ainda mais, pelas placas fixadas nas paredes de cada casa, que contém tocantes e saudosos depoimentos de descendentes destes pioneiros. Os relatos ali transcritos contam como eram os comércios, a recepção a viajantes onde havia um hotel, os encontros sociais onde chegou a funcionar uma espécie de cassino quando era permitido o jogo, e muito mais. As trocas de proprietários também estão registradas, com algumas marcas por eles deixadas, como a descrita por um descendente ao lembrar que sua avó dizia que havia comprado aquela casa, com o dinheiro de fritar pastéis… E há muitas outras histórias e muitos outros belos detalhes nesse maravilhoso conjunto urbano. Mas é na praça Garibaldi, onde um chafariz em seu centro compõe um belo cenário, que se pode apreciar com mais tranquilidade, uma parte importante deste patrimônio. E isto inclui a sede da antiga intendência e atual prefeitura, e uma das sedes do antigo Banco Pelotense, em um dos lados e a destacada Casa da Neni, do outro. Esta, além de também possuir a sua própria história, abriga o acervo do Centro Cultural Padre Schio com um museu repleto de objetos antigos e muita informação… Assunto que, junto com a história religiosa centralizada pela Igreja Sagrado Coração de Jesus, será tratado em outros conteúdos. Pois há muito mais para mostrar deste lugar emblemático, da região de imigração italiana na Serra Gaúcha…
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O chafariz que é visto no Jardim que agora é conhecida casa da Leonora
Antes era do meu avô Pelegrino Grazziotin ..ele mandou vir o chafariz da Itália ..acho lindo
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Perdão por ver (e aprovar) este comentário somente agora! Vamos corrigir esta falha!
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