A Casa de Cultura e suas homenagens

Na capital gaúcha o famoso prédio rosado que já foi um hotel e onde uma rua passa embaixo, tem no seu nome a referência ao poeta Mário Quintana. Mas não é só ele que ganha destaque neste lugar icônico de Porto Alegre, mais um que queremos reverenciar nestes 250 anos da cidade.

Entre os inúmeros integrantes do meio cultural, que fazem deste espaço um lugar corriqueiro de divulgação da sua criatividade e de encontro com apreciadores, está alguém que marcou gerações passadas, assim como o poeta… A cantora porto-alegrense Elis Regina que ganhou projeção nacional em outros tempos, e que neste janeiro completa quarenta anos de sua morte tem ali um espaço permanente.

A exposição que mostra sua trajetória de sucesso na Música Popular Brasileira, é recheada de capas de seus discos, além de fotos e reportagens de sua carreira. Sua vida dedicada a cantar foi, no entanto, tristemente interrompida pouco antes de completar 37 anos de idade. Uma overdose de drogas teria sido a causa, apesar de haver contestações e estranhezas quanto a este fato… Dúvidas a parte, o visitante do espaço, além de apreciar imagens e frases dela, é acompanhado por suas músicas tocadas no som ambiente.

Mas o poeta também tem o seu lugar na casa… Literalmente! Afinal, Mário Quintana de vida mais longeva e sempre solteira, morou entre 1968 e 1980 ali mesmo, quando o Hotel Majestic seguia em seus últimos anos de existência. E o seu quarto foi preservado tal como ele era durante o período em que ele seguia com seus poemas além de escrever uma coluna para um jornal local. Sua vida mais longeva que percorreu quase a totalidade do século XX, também é retratada em exposição anexa, mostrando inclusive que ele foi um tradutor de famosas obras literárias…

E há mais na casa, que só uma visita com a devida calma e atenção, pode descortinar e surpreender. Mas mesmo não entrando em contato com nenhuma produção artístico-cultural, o simples caminhar por suas alamedas e passarelas que interligam os dois lados da construção sobre a rua, já vale a pena. Afinal, um patrimônio como este só poderia ter o destino que tem há 31 anos. O de ser um espaço cultural simplesmente inspirador…

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