
Foi em uma pequena elevação que em um determinado momento passou a ser conhecida como Hamburguerberg, ou morro de Hamburgo, que Johan Peter Schmitt ergueu sua casa de moradia e comércio em 1830. E nestes primeiros anos, quando outros de origem germânica como ele começavam a chegar à região, seu negócio prosperou e se tornou referência.
Estas vendas como eram chamadas, começaram a ganhar corpo e se constituir em verdadeiros entrepostos comerciais, funcionando como lugar de trocas onde colonos levavam sua produção e trocavam pelo que vinha de longe no lombo das mulas dos tropeiros. Mas este tipo de casa era ainda um ponto de encontro para se saber de novidades, se comunicar com o mundo exterior e até obter serviços financeiros…
Seu primeiro empreendedor deixou a casa como legado para sua mulher viúva, que conduziu o negócio por boa parte do século XIX. Construída na técnica enxaimel com seu inconfundível tramado de madeira falquejada, como muitas outras que caracterizam esta origem étnica, ela recebeu décadas depois uma curiosa reforma. Que ocorre por volta de 1920 quando a linha de trem começa a chegar ali perto, e o lugar passa a ser conhecido como Hamburgo Velho. Afinal, alguns anos antes uma estação é implantada a três quilômetros dali, e recebe o nome de Novo Hamburgo. E os trilhos passavam perto do velho armazém, mas um nível muito mais baixo do terreno onde ele e outras casas estavam. Um inédito rebaixamento da rua foi então providenciado, e um andar abaixo do solo teve que ser aberto na já relevante casa…


E a longa trajetória do lugar seguiu depois de algumas ocupações diferentes, agora nas mãos de Edvino Presser, marido de uma neta do pioneiro Schmitt. Alguns mais velhos devem ainda ter frequentado o velho armazém, que acabou por fechar nos anos 1970, quando começa a vontade de preservá-lo. Muito incentivada pelo importante artista Ernesto Frdeerico Scheffel (do qual já falamos em outro conteúdo) esta preservação, a recuperação e um museu vieram na final do século passado. Nele, a venda é reproduzida como era no princípio, na parte de baixo da casa, deixando os andares superiores para mostrar como era a residência da família…
Mas ao manter o estilo original o prédio fez mais. Em partes das suas paredes é possível observar detalhes desta técnica construtiva, que tanto marcou a região. Possibilitando aos visitantes destes novos tempos, um verdadeiro mergulho em um lugar que parecia ser de tudo um pouco. Mas que era, e de certa forma ainda é, um marco da região e uma referência para uma comunidade que segue construído uma desafiadora trajetória econômica e social…
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