
O litoral gaúcho é quase todo ele uma costa retilínea, com poucas alterações no seu formato o que o difere de outras regiões costeiras do país e do continente… E uma das poucas paisagens diferentes neste trecho, é a Barra do Rio Tramandaí, onde botos ajudam pescadores na sua atividade. Uma situação descrita no Museu de Ciências Naturais de Imbé, em um dos lados do rio…
E a relação entre este animal, que na verdade é um golfinho que aqui chamamos de boto, com os que jogam redes de pesca redondas chamadas tarrafas, é uma verdadeira parceria. Algo que parece que só existe ali, e em outro local em Santa Catarina. Os botos que por vezes ganham nomes, tiram a cabeça d´água e indicam o lugar onde está um cardume de peixes, facilitando a pescaria feita no rio, bem próximo às ondas do mar. Observar esta atividade realizada principalmente no lado de Tramandaí, a partir de Imbé na outra margem, é um espetáculo marcante…


Esta situação inclusive já foi bem estudada e é descrita como já falamos, no Museu de Ciências Naturais do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR) vinculado à UFRGS. Ele fica em Imbé, onde também se pode apreciar muito mais da fauna, da flora e da interessante geografia e geomorfologia do nosso litoral. Está lá um painel que mostra um mapa onde se vê com clareza, a faixa de areia, o cordão de lagoas e o começo da serra do mar, em uma bela diversidade de paisagens, que sempre nos encanta. E que já mostramos e valorizamos muitas vezes por aqui…


Também fazem parte da mostra, variadas espécies empalhadas e painéis contando mais desta riqueza, além de um interessante aquário com peixes da região. O segundo andar deste prédio que fica na beira da Lagoa de Tramandaí (que se liga pelo rio de mesmo nome ao mar), é reservado para exposições temporárias, e neste janeiro de 2023 recebia uma sobre dunas. As interessantes informações sobre este assunto, no entanto farão parte de outro conteúdo…





Mas o que centraliza este importante museu, é a impressionante ossada inteira de uma baleia jubarte de cerca de 12 m de comprimento que encalhou em Capão Novo em 2010. E tão interessante quanto o esqueleto deste grande mamífero, foi o envolvimento com as tentativas de devolvê-lo ao mar… Em conteúdo do museu disponível na Internet em comemoração aos dez anos deste evento, são contados os detalhes da operação, por meio de quem viveu aqueles dias de agosto. Ao encontrar o animal ainda vivo, um grupo de biólogos do CECLIMAR, começou a juntar esforços para desencalhá-lo. E mais e mais, estudiosos, voluntários, além de várias instituições contribuíram para que depois de dos dias houvesse sucesso. Mas quis o destino que a baleia voltasse a encontrar as areias rasas, para não sair mais viva. Um lento trabalho de remoção de seus restos, então se iniciou até que se disponibilizasse o esqueleto para visitação já em 2013…


Um lugar como este em que se valoriza nosso ambiente natural, suas características, sua história e acima de tudo sua riqueza, merece ser mais conhecido e visitado. Não somente pelo que pode mostrar e nos ensinar, mas também pela constante busca do conhecimento sobre esta região fantástica… Onde as belezas e surpresas parecem infindáveis…
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