
O tradicional e comum butiá, pequena fruta de tom alaranjado, tem em Tapes nas proximidades com a Lagoa dos Patos, uma imensa plantação espalhada em várias propriedades e em uma área estimada em 700 hectares… Utilizada para comer, mas também para adoçar cachaças, produzir licores, bolos e sucos, a relação da sua produção com a região possui ainda muitas histórias interessantes…
É de impressionar o verdadeiro mar de árvores semelhantes a uma palmeira, que preenchem os campos ondulados do interior de Tapes, principalmente ao norte da zona urbana em direção à divisa com Barra do Ribeiro. Estivemos em uma destas propriedades e ouvimos que as árvores teriam origem em sementes espalhadas por índios que guerreavam na região, sendo uma delas os Tapes que deram origem ao nome da cidade…



As possibilidades de visitação estão se abrindo nos últimos tempos, assim como a venda de produtos relacionados ao Butiá. Uma outra propriedade no entanto, tem-se dedicado preferencialmente à pesquisa em convênio com a Embrapa e nela que uma interessante história ocorreu há quase um século atrás. A protagonista inclusive gavou já em idade avançada, um interessante depoimento que está na internet a respeito desta experiência marcante…
Ainda uma criança de 5 anos, a recém falecida Nair Heller de Barros, estava de mãos dadas com o pai, passeando pelos campos da propriedade no final dos anos 1920, quando um rumor chamou a atenção deles. Foi quando seu pai ordenou que ambos se deitassem no chão e fechassem os olhos. Mas a curiosa menina, não resistiu e abriu rapidamente os seus, para só enxergar escuridão… Minutos depois, que para ela pareciam intermináveis, eles se levantaram e perceberam a devastação ocasionada por uma grande nuvem de gafanhotos, que dizimara todas as plantas, deixando árvores sem nenhuma folha… Ao caminhar um pouco mais, porém, viram que os pés de butiá estavam intactos… O pai não deve dúvida em dizer que esta árvore era abençoada!



E foi com este espírito que a plantação passou a ser tratada… Na época se usava com intensidade a crina vegetal dela, para que se fizessem colchões. Mas o advento da indústria petroquímica e suas espumas mudaram o mercado, e a árvore passou tão somente a fornecer a fruta que segue sendo de certa forma, cultuada. Além de seguir sendo respeitada e valorizada por esta e outras família que a produzem na região…
É de se esperar ainda que se olhe com cada vez mais atenção a este interessante ambiente, e sua relevância econômica para região. Não só pelo que pode dar o consumo da fruta e de seus derivados, mas também pelo encantamento que a imensidão deste belo cenário, pode proporcionar à surpresos visitantes que passam por ali…
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