
Um ponto um pouco mais elevado de uma planície às margens do Rio Taquari foi o local escolhido por um grupo de casais açorianos, para formar um povoado em 1760. Mais de dois séculos e meio depois a cidade que tem o nome deste importante rio gaúcho, ainda preserva um patrimônio histórico relevante. Boa parte dele nas proximidades de uma bela lagoa de nome Armênia, em homenagem a um país distante…
E foi em uma manhã cinzenta que um numeroso bando de andorinhas, surpreendeu quem caminhava no calçadão ao redor desta lagoa. Postadas em extensas fileiras na bordas de prédios e em fios de luz, vez por outra partiam em bandos a voar. Em conversa com um dos caminhantes, ficamos sabendo que em alguns dias elas simplesmente não aparecem… E que já ocorreram em maior número… De fato, quando o sol saiu na parte da tarde, não havia mais nenhuma para contar a história.


E foi com a luminosidade do sol, que a lagoa ganhou mais cores e que uma réplica do barco Tia Helena brilhou com mais intensidade. Assim como o tradicional letreiro de amor à cidade e um interessante muro pintado em uma das margens. Ele imita as modestas e baixas casinhas dos primeiros imigrantes vindos das ilhas portuguesas dos Açores. Em um primeiro momento, eles ocuparam as margens do rio, mas as enchentes os empurraram mais para cima. Os tijolos de suas novas casas foram fabricados por um olaria que tirava barro de um banhado, que depois virou a Lagoa Armênia. Alguns disseram que o nome seria homenagem a uma mulher, mas há documentos comprovando que se trata da iniciativa de um vereador, em fazer referência ao país asiático…




Quem também está de frente para a lagoa, é o Memorial do Teatro São João. Ele fica nos fundos do belo prédio de 1893, recentemente restaurado, que mostraremos em outro conteúdo. Assim como faremos com o interessante Jornal o Taquaryense que segue sendo impresso quase da mesma forma desde sua inauguração em 1887. Se constituindo em um museu vivo da comunicação como tão bem definiram seus colaboradores.
O prédio do jornal fica na frente da praça, a poucas quadras da lagoa, junto com outros belos casarões antigos e também com a igreja São José, erguida em 1768. Com uma torre que ficou pronta somente 132 anos depois, em 1900, ela possui um interior repleto de ricos entalhes de madeira. Além de uma estátua do santo que teria vindo de Portugal em 1756…








Uma trajetória de longa data de um dos primeiros núcleos urbanos do sul, certamente ainda tem muito a contar, não só sobre a sua história, mas de todo a região. E o seu patrimônio preservado, em meio às paisagens da lagoa, são cenário inspirador para se encantar com toda esta riqueza cultural…
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