
Em Caxias do Sul, às margens do trecho urbano da movimentada BR 116, um monumento emblemático, simboliza a saga dos que vieram de longe para transformar a região e o país. E dentro de sua base, um museu conta um pouco desta história, além da trajetória da própria estátua de um casal que mira o futuro.


Incialmente projetado para homenagear italianos que subiram a serra para se estabelecer no então Campo dos Bugres em 1875, a estátua em bronze passou a fazer referência a imigrantes também de outros lugares. A figura do casal, onde a mulher traz um filho no colo, e o homem uma enxada com uma trouxa de roupas no ombro, tenta narrar os sonhos de conquista de uma nova vida, a partir principalmente do cultivo da terra.
Aos pés destas duas figuras, porém, esta história é detalhada em um museu onde diversos objetos mostram como era a vida nestes primeiros anos. As malas com seus poucos pertences e as pipas dos primeiros vinhos estão distribuídas entre fotos antigas e cópias de documentos que enriquecem a narrativa. Objetos de casa como os que eram usados nas primeiras refeições e um berço que mães exaustas embalavam seus filhos com os pés, para não sair da cama em noites frias, também podem ser apreciados. Tudo isso como o objetivo de se entender um pouco da vida cotidiana dentro de casa. Figuras femininas esculpidas em uma interessante técnica utilizando arames, ajudam a completar este cenário, que ainda conta com um conjunto de painéis com descrição de diversos capítulos da imigração.



A recepção aos visitantes, no entanto, conta uma história mais recente por meio de imagens no corredor de acesso, da construção e inauguração do grande monumento. Os rostos em gesso, que serviram de moldes para o rosto, se destacam logo na entrada, bem como reportagens de jornais da época. A obra coordenada por Antônio Caringi, foi entregue com pompa a população no começo de 1954, com a presença do então presidente Getúlio Vargas. Poucos meses antes de ele ter tirado a própria vida, em um episódio marcante da nossa história no século passado…


Ao lado das imagens que mostram e presença dele e outras autoridades na data festiva, estão ainda imagens dos desafiadores tempos iniciais, na região. E o destaque fica por conta de uma foto com uma enlameada rua, com poucas casas de madeira, em uma clareira no meio da mata. Um pouco deste ambiente está reproduzido com réplicas no parque da Festa da Uva que mostramos em conteúdo recente. Mas a rua em questão é a hoje agitada e relevante Júlio de Castilhos, que se inicia em frente ao monumento.
E é na direção dela, onde o sol se põe, que o casal de imigrantes parece olhar, com a ajuda da mão espalmada do homem sobre os olhos para lhe fazer sombra. Talvez para representar o fim de mais uma jornada diária, na incansável e sempre esperançosa busca de dias melhores…
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