
Havia um outro espetáculo colorido quando fomos apreciar os tapetes de serragem para a celebração de Corpus Christi em Flores da Cunha. Os reflexos dos vitrais sobre as paredes internas e santos do altar, da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, nos surpreenderam e encantaram. Além da imponência de um dos mais importantes campanários do sul, com seus sinos com nome e do interessante museu onde um dia foi a prefeitura.
O prédio rosado no estilo Art Decô com um letreiro que identifica que ali já foi o passo municipal, hoje guarda um pouco da história da cidade e da região. O Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, tem como um dos destaques a religiosidade com uma ala exclusive para objetos sacros. No andar inferior, o mergulho é nas atividades relacionadas a produção de vinhos. O que não podia ser diferente na cidade que é maior produtora do Brasil em quantidade da nobre bebida… A maneira como se cozinhava com um fogo de chão nos primeiros anos da colonização italiana, ou mesmo a chapa de um fogão a lenha com pinhões, também se fazem presentes. E o tradicional quarto do casal com um berço ao lado, estava iluminado pelo sol da tarde. Que entrava por uma janela de onde se podia avistar, a preparação dos tapetes de serragem para a procissão de Corpus Christi… (já mostramos esta preparação em outro conteúdo).



O que se destaca ao redor da praça central além do museu, porém, é bela Igreja Nossa Senhora de Lourdes erguida em 1905. E ao ser banhada por este mesmo sol de final de outono, proporcionou um espetáculo fascinante. Seus vitrais com coloridos mosaicos, que se diferem de outras igrejas católicas por não possuírem cenas religiosas, estavam projetando suas sombras sobre as estruturas do templo. E as luzes surgidas deste efeito visual, formaram cenas interessantes, até mesmo psicodélicas. Principalmente ao se esparramarem pelo altar e seus santos, ou mesmo em uma sala anexa, onde ainda por cima refletiam no chão, que também refletia o próprio vitral iluminado… Um verdadeiro convite a ver de perto, a imagem que nem sempre as lentes de máquinas fotográficas e celulares conseguem traduzir com fidelidade absoluta…





Para completar o conjunto, o imponente campanário ao lado com relógios no seu alto, se impõe e é uma marca da cidade. Tombado ao completar 70 anos em 2019, ele passa por um restauro iniciado em maio de 2022. Tudo isso para deixar novas as suas paredes de pedra, e os seus sinos importados da França, que receberam os nomes de Pierina, Cláudio, Dom Finotti, Antonieta e Imaculata. Permitindo que eles possam seguir badalando e inspirando com seu romântico som, fiéis, visitantes e empenhados voluntários que a cada anos se ajoelham no asfalto. Para juntos formarem emblemáticos e coloridos mosaicos…
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