Uma Histórica Empresa de Rio Grande e seu entorno

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Bem perto da antiga estação ferroviária desta cidade que também se destaca por seu porto, o empreendimento que durante anos levou o sobrenome de seu fundador Carlos Rheingatz, tem muita história pra contar. Erguida por um dos dez filhos de um imigrante de origem germânica que teve relevância em São Lourenço do Sul, a importante tecelagem chegou a estar entre as 100 maiores do Brasil no princípio do século XX.

Entre sua fundação em 1873 até seu completo fechamento depois de várias mudanças de rumos, já nos anos 1990, muitos produtos, marcas e riquezas entraram e saíram por suas portas… Conduzidas é claro por ideias, decisões e hábeis mãos, de muitos que levaram boa parte de suas vidas se relacionando com as máquinas, de uma modernidade que avançava dia a dia. Modernidade essa que trouxe a concorrência e as primeiras dificuldades já na década de 1920, resultando em algumas reestruturações posteriores. Comprada por paulistas ela acabou falindo em 1968, para reabrir com outros em 1970, que conduziram um epílogo de 20 anos até o repentino encerramento da produção. Outras duas décadas se passaram, desta vez de abandono, até o tombamento pelo patrimônio histórico no começo deste século.

E seu futuro com usos variados começa a ser traçado a partir do restauro do prédio que começa a andar neste 2022 pós-pandêmico. Exemplo que poderia ser seguido pela velha estação ferroviária que fica ali perto, e que mesmo tendo algum uso e já tendo sido restaurada, precisa de uma atualização, principalmente de outros prédios do complexo. Afinal ali foi um importante local de reparo de composições de uma das primeiras linhas da região. Era também o ponto de chegada de um caminho que começava em Bagé, onde geralmente era embarcado o gado em direção a Pelotas, que por sua vez embarcava a carne seca e salgada conhecida por charque até Rio Grande. E o porto desta cidade marítima era a saída para o mundo…

Mas nem só de produção, logística e finanças vivia a região, mas de trabalho e das lutas de classe que marcaram o século passado, e de certa forma ainda marcam estes novos tempos globais e conectados. Nos festejos de primeiro de maio, em 1950, a marcha para a sede da União Operária, com palavras de ordem pedindo a sua reabertura, foi em um determinado ponto impedida pelas autoridades. O conflito foi inevitável, assim como as versões surgidas para explicar o que ocorreu e quem foram os culpados… Um policial e quatro trabalhadores teriam perdido a vida, incluindo uma tecelã da Rheingantz, entre inúmeros feridos incluindo ferroviários estivadores e trabalhadores de outros setores…

Os desafios dos tempos de hoje na essência são os mesmos, mas há outras atividades e novas frentes de desenvolvimento econômico. A cidade já teve mais indústrias e trens, e segue com muitos navios… Mas vê no belo patrimônio, a inspiração para atividades inovadoras que podem, por que não, ocupar estruturas do passado. Buscando em histórias de gentes que já não estão mais aqui, o exemplo para viver um novo presente. Em que se renovem as esperanças de um futuro melhor…

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