
Ao logo do Vale do Rio Caí, diversas comunidades formadas por imigrantes germânicos e seus descendentes se espalham em meio a belas paisagens, preservando muitos dos traços de sua cultura. Não é diferente no município de Brochier, emancipado de Montenegro em 1988. E é na Linha Pinheiro Machado no interior desta pequena cidade, que o memorial Neu Frankreich, que em alemão quer dizer Nova França, conta um pouco desta saga.
O prédio erguido em 1910 serviu de sede de uma escola que já funcionava em prédio de madeira desde 1871. Por ali passaram muitos alunos sempre sendo ensinados e alfabetizados na língua alemã, falado por todos no lugar, durante muitos anos… A nacionalização da era Vargas, trouxe o primeiro professor de origem brasileira para então iniciar nos anos 1940, o ensino em português. É também desta época a troca do nome da comunidade de Neu Franreich, que passa a homenagear o então senador gaúcho Pinheiro Machado.


No dia desta visita tivemos uma agradável e muito interessante conversa com o senhor Rubio Kleber que estudou nos anos 1950, e de aulas neste lugar entre 1966 e 67. A escola então mantida pela Igreja Luterana, cujo prédio de 1958 fica perto dali, seguiu até 1971, quando se estabelece uma escola estadual na região. E por iniciativa de Rubio, o prédio foi reaberto em 2011, como sede de um memorial onde se destacam objetos que fizeram parte da rotina de outros tempos, além de várias fotos antigas…


Uma destas imagens chama a atenção, onde se vê dois velhos senhores provavelmente pouco antes da morte de ambos em 1887. São eles os irmãos Jean Honoré e August Brochier, de origem francesa que se estabeleceram na região em 1832 para cortar e serrar a abundante madeira então existente. Como pagamento por estas toras que muitas vezes seguiam pelos rios da região até Porto Alegre, recebiam algumas extensões de terra na região. Com o tempo, passaram a lotear estas terras, para aquisição por parte de descendentes de imigrantes de origem germânica. Sobretudo de famílias, que se deslocavam das já lotadas colônias inicias, principalmente São Leopoldo…



Outras histórias como esta ouvimos neste belo relato do seu Rubio, que comentou ter desvendado que seu sobrenome Kleber, é encontrado na França. Em uma região que possivelmente tenha feito parte em outros tempos de algum reino ou povo germânico, pois foi falando o idioma alemão que seu antepassado imigrante chegou ao Brasil…
Conhecer e preservar (além de divulgar) lugares como este nos ajudam a entender como se deu a construção não só da comunidade que abriga estas iniciativas, mas também de toda a nossa região… E é claro, também dá sua contribuição para que possamos nos conhecer cada vez melhor…
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