
A imponência do paredão vertical da Cascata Vitória na pequena Maratá impressiona os que visitam essa que é uma das mais conhecidas belezas do Vale do Caí. Este ótimo refúgio para o calor reserva ainda desafios aos que gostam de uma trilha, além de ter muita história pra contar…
Banhar-se no seu poço requer cuidado e respeito às regras colocadas, por um lugar que possui estrutura, incluindo um posto de salva-vidas. É cobrado ingresso para entrar neste parque onde se pode usufruir também de local para comprar lanches e bebidas. Placas indicam os locais adequados para o mergulho, e instruções para um uso seguro e de boa convivência.




E é possível ir além. As trilhas que se acessam após se cruzar o Arroio Brochier por uma pinguela levam a parte superior da queda. Precisando é claro, um pouco de fôlego para encarar uma subida íngreme, na ida e na volta. Isto por que se começa subindo, e no trecho final ainda se tem uma descida que mais parece um rapel, incluindo cordas com nós para se segurar… Ali, além de um vista das águas sumindo no precipício, e a paisagem do começo da serra gaúcha ao fundo, se pode perceber antigas estruturas em meio às corredeiras naturais…
São marcas deixadas por uma antiga usina hidrelétrica que funcionou no local entre 1909 e 1979 abastecendo o entorno, mas que sucumbiu a modernidade. Quando novas linhas de transmissão passaram a trazer energia de longe, deixando ali apenas traços de uma história que ainda merece ser mais detalhada.

Mas foi no século XIX, antes destas novidades tecnológicas, que toras de madeira despencavam por esta impressionante queda. Elas faziam parte da serraria dos irmãos Brochier, que antecederam aos colonos alemães na região. Contamos a história deles em outro conteúdo sobre o memorial Neu Frankreich, na cidade vizinha que leva o nome destes pioneiros de origem francesa… A madeira cortada de uma mata ainda virgem seguia pelo Arroio Brochier (nome que também foi dado depois), caia na cascata Vitória e depois seguia até o Arroio Maratá, onde há outra bela cascata que também tem o nome do arroio e da cidade… O destino desta produção era o Rio Caí que levava o material até o Lago Guaíba, e finalmente Porto Alegre.

Certamente há outras histórias relevantes dali, mas que não conseguimos conhecer. Apesar de que algumas, talvez não tragam boas recordações… Afinal, a natureza oferece seus perigos além de belezas… Mas com mais conhecimento e informação, pode-se avançar nos cuidados para seguir vivendo estes lugares, suas histórias, e principalmente os agradáveis momentos que podem se tornar inesquecíveis…
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