
No coração da capital gaúcha, uma homenagem ao seu aniversário no último mês de março, surpreendeu e encantou, iluminando a noite do centro histórico. A projeção de imagens com uma belíssima narrativa da saga de Porto Alegre dançou de certa forma com a arquitetura centenária do antigo prédio que abriga o Memorial do Rio Grande do Sul.
Foram duas noites memoráveis de apresentações de alguns minutos, repetidas periodicamente, iluminando a fachada lateral do prédio. O rico conjunto de imagens, que foram se mesclando começaram contando a história do próprio lugar onde ocorria o espetáculo, que em outros tempos era onde aportavam barcos trazendo riquezas e gentes. E com a imagem de um navio “saindo” e “entrando” do prédio, se destacou que muitos vieram de longe sejam imigrantes europeus fugindo da miséria, ou africanos trazidos a força…

E as gentes foram construindo sua história, chegando à modernidade do século XX, com suas construções imponentes. Algumas delas como o próprio prédio que serviu de tela foram erguidas com projeto do imigrante alemão Theodor Wiederspahn, que também é destacado nas imagens. Lupicínio Rodrigues com suas músicas, as manifestações religiosas e muito mais, foram desfilando nas janelas do prédio. Assim como a imagem do padre Landel de Moura, um porto-alegrense que teve seu invento de radio difusão reconhecido nos Estados Unidos, mas talvez ainda pouco valorizado por aqui…


A comunicação, aliás, é um dos focos da projeção, que fez chover cartas do alto da torre do relógio, fazendo referência à primeira função da edificação como sede dos correios e telégrafos. E a tecnologia foi avançando chegando aos modernos smartfones, que os que cruzam a praça da alfândega, carregam no seu agitado cotidiano.
Os transportes, dos bondes aos ônibus, passando pelos trens, cruzaram a fachada do prédio em imagens marcantes, assim como balões foguetes e satélites. Também foi reverenciado o atlas que faz parte da arquitetura deste centenário prédio e se destaca na fachada frontal, simbolizando os que carregam o mundo.

Assim como verdes papagaio, também “extraídos“ da estatuária do prédio, voaram pela projeção. Uma referência a mitologia M’Byá Guarani, habitantes destas terras muitos antes das primeiras casas dos imigrantes, que ainda resiste em dezenas de comunidades. Para eles os pássaros anunciavam visita! Outro pássaro, este da cultura africana, tem o pescoço voltado para trás, na busca do passado, e sua forma foi mostrada ali dizendo que ela inspira muitos gradis de casas antigas…

Um verdadeiro passeio na história da cidade, com aspectos distintos, costurados em textos e imagens esplêndidas que tentamos trazer um pouco por aqui. O espetáculo chamado Luz da Memória, ainda ocorre neste ano de 2023 em Pelotas, Rio Grande e Bagé, de forma gratuita com produção e patrocínio de empresas privadas e apoios governamentais… Mas seria ótimo se este tipo de projeção pudesse ocorrer outras vezes, em muitos outros lugares… Sempre valorizando o nosso patrimônio histórico, com suas histórias e desafios. Em mais espetáculos repletos de encanto e reflexão, trazendo coloridas luzes à nossa convivência!

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